Não sou louco de desafiar seu ninguém para uma disputa de apoio de frente - flexão de braço no solo , como chamam os especialistas. Sei, e bem, das minhas limitações físicas e não detenho “histórico de atleta" para exibir. Nem para usar nas mentiras que, por acaso, venha a compartilhar em mesa de bar. Consequentemente, também não tenho a mínima disposição atlética para aceitar um desafio desses. Eu tenho um nome a zelar.
Caso incorresse nessa bravata, acabaria, por um lado, roubando os concorrentes, pela total inapetência para a perfeita prática do exercício. Por outro, experimentando as faces do ridículo humano e expondo-me a vergonha pública.
Para quem não sabe - e um militar cioso de seu papel mais que tudo tem que saber - que a execução do exercício exige uma postura. Há entre nós, porém, bípedes que não se negam a se submeter ao ridículo humano.
Conheço criaturas “mitológicas” que não se furtam a entrar numa façanha dessas, só para tentar dar provas de sua biografia de caserna e esportiva. Coisas de antanho e necessariamente Também, por uma limitação nos níveis de testosterona, a mania de cultivar atos capazes de reafirmar sua masculinidade constantemente.
Assisti em vídeos algumas performances do pavão e concluí: o rapaz foi um militar de péssima estirpe e um atleta de proezas questionáveis. Chamavam-no “cavalo” nos tempos de caserna, dizem. penso que o apelido caiu-lhe bem como uma homenagem aos seus dotes intelectuais.
Mas voltemos ao apoio de frente. Pense numa lagartixa com escoliose e terás a figura do “atleta”. A única parte que conseguia erguer era do peito para cima e do pescoço. Ou seja, totalmente em desacordo com a execução perfeita do exercício exigida dos aquartelados.
Pior. A total indisposição para acertar o exercício mostra características psicológicas da mente viciada do personagem: o auto engano, a bravata, o exibicionismo e a capacidade ilimitada de engodo.
Parece-me que a performance do nosso personagem está mais para "postura" que se atribui ao galináceo do gênero feminino que qualquer outra coisa. Uma ave emplumada apenas. Temporariamente coroada, ela se crê algo além de um mísero resíduo genético dos grandes diplodontes. Exibido, arrogante, mas pequeno; não passou de coisa, não chegou a ser gente.
Não me convidem para desfilar com a sub-espécie, meu status humano não permite. Tenho um nome a zelar.
por Edson de França
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