Danço em tuas mãos, morada do desejo
Vejo-me criança, ancião
Varão, fêmea.
Danço em tuas mãos, tocante arpejo
Beijo a boca, pés, mãos
Sou razão das notas…
E dos dias.
Danço em tuas mãos,
Ouço o trovejo, o matraquear
Sinto o arquear, o fim.
Danço em tuas mãos, sobejo
Realejo do tocador
De destinos…
Em instantes meus
Danço,perplexo, em tuas mãos.
Sou a imensidão
Folha entregue aos carinhos do vento
E do tempo.
(Edson de França)
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