sexta-feira, 17 de abril de 2020

SOUL

Danço em tuas mãos, morada do desejo
Vejo-me criança, ancião
Varão, fêmea.

Danço em tuas mãos, tocante arpejo
Beijo a boca, pés, mãos
Sou razão das notas…

E dos dias.

Danço em tuas mãos,
Ouço o trovejo, o matraquear
Sinto o arquear, o fim.

Danço em tuas mãos, sobejo
Realejo do tocador 
De destinos…

Em instantes meus
Danço,perplexo,  em tuas mãos.
Sou a imensidão

Folha entregue aos carinhos do vento 
E do tempo.

(Edson de França)

Nenhum comentário: