sexta-feira, 11 de maio de 2007

Uma dança (poema)

Eis o fogo morto, morno
De um tempo outro,
um ainda ontem,
um outrem
desenhado a mão e pés,
passadas
esculturimagens.

O manuseio de instantes, intenções
Régua, compasso
Rédeas curtas da palavra,
Economia de atos
Passos contidos de dança pagã,
contenção
medos no respirar.

Sim, restava o salão, o palavrear,
outros pares,
orquestra urbana,
as excrecências comezinhas.

Permanecia vivo o êmbolo,
A vertigem,
as poções do inexprimível
régios pingos do indelével.

Notas baças,
o peso do ar.
E ainda a presença
o olhar, o olhar.

Um comentário:

Alex Souto disse...

Achei o blog Edson! Duvido que o Wandecy ache ou lembre hehehe.
O meu é
www.alexsouto.com/blog

Valeu!