segunda-feira, 7 de maio de 2007

Catar feijão


O poeta João Cabral de Melo Neto atentou para a nossa posição de galos "tecendo manhãs" e descobriu que "catar feijão se conjuga com escrever". As mãos de D. Zefinha, minha mãe, catando feijão pela vida afora, enfrentando as labutas, carregando filhos e ensinando-os, poeticamente, a viver, ler e escrever só fez confirmar a noção do poeta: escrever se conjuga com catar feijão. Escrever nosso caminho pela vida também é catar feijão. Joga-se no alguidar todos os grãos e lança-se fora o que boiar.

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