Tempo, tempo, tempo!
O que me deves? Nada?
O que realmente me dás
Ó tempo de lamúrias e lantejoulas?
Em que precipícios te beijo, ó tempo?
Em que esquinas, por entre as pálpebras, me escapas?
Talvez, talvez, talvez,
Calejado tempo,
Eu é que deva a ti.
Devo a ti o medo...
da morte, do principiar, do dessemelhante...
Medo que já não devo ter,
nem requisito o direito de domá-lo.
Devo a ti um minuto intacto do meu dia inútil.
Quem sabe, a ti, deva um segundo
um daqueles bem dispensáveis
, só ele, mais nada, de atenção
às tuas fanfarronices...
Penso, a ti, deva essa bolha
em suspensão, animada e breve.
No mais, isso aqui é só um olhar de criança
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