domingo, 1 de abril de 2007

Peruagem

Narcisa Tamboridégui faz jus ao nome que carrega. Prá ela tudo que não é espelho é terrivelmente feio, pobre. Narcisa é a mostra três por quatro, lambe-lambe, sem retoques, da decadência. E não é uma decandence avec elegance que nos dizia o Big Wolf, por que até a elegância no vestir e no falar da criatura são questionáveis. Não importa que ela more a beira mar, vizinho ao Copacabana Palace e soletre, - como todo papagaio de pirata que se preze - que é amiga íntima das celebridades da hora. Se o Copa representa, hoje, sinal de um tempo perdido, de um glamour improdutivo e sanguessuga, Narcisa encarna o pior desse passado inútil e um presente de reminiscências e torpor. Narcisa parece sempre chapada, como um comentário ridículo na ponta da língua, uma futilidade qualquer para expor, uma brincadeirinha de mau gosto – jogar ovos pela janela do apartamento, por exemplo – para contar e um sorriso doentio. Uma alegria “fake”. Ou seja, tudo aquilo que a população brasileira não precisa nesse momento. Peruagem, meus amigos, fora!

Nenhum comentário: