Pablo, o entrevistador
O ditado “cavalo dado não se olha os dentes” pode, a partir desse sábado à noite, ter adquirido outro sentido. E eu espero que a inteligência do povo o capte e o popularize. Reparem, caros telespectadores, na dentadura cavalar do seu mais novo candidato a repórter-celebridade. Não pela dentadura em si – temos dentuços maravilhosos circulando por aí -, mas pelo que a criatura pode representar em termos de futilidade televisiva, amadorismo e medianidade mental. A “biba oxi-chapinhada”, em sua estréia, troca, no melhor sentido da palavra, figurinhas com a entrevistada - a recém citada Narcisa Tamborindégui -, cada qual querendo vender seu peixe, aparecer, fazer figura, brilhar, enfim coisas de que o alpinismo sócio-televisivo nutre suas carnes. Nojeira! Uma entrevista entrecortada, que sugere por um lado, erros terríveis dos dois envolvidos e gafes mútuas e, por outro, um processo de edição gigantesco. Entrevistem os hercúleos editores dessa preciosidade, por favor! Talvez mais interessante, para a salvaguarda da inteligência nacional, é que fosse ao ar o making off, só para a pobreza rir e descobrir com quantos quilos de maquiagem e glacê se produz celebridades de papel. Daí, talvez, a Tv cumprisse um papel social inestimável.
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