Quando minha alma tresloucada
ao nada vir se juntar
não desperdicem palavras
quero um epitáfio de olhares e silêncios
se uma inevitável pérola liquefeita
insistir em rolar em teu rosto
não a detenha mas, por favor,
não a multiplique
De toda a liberdade serei redimido
Que meus amigos me construam um túmulo sereno
Mas não desperdicem palavras
em sua essência
Quero um epitáfio simples
silêncios, olhares, uma alegria serena,
Porque em síntese, na vida
fui um menino de nada poucas palavras.
(Edson de França)
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