Louco II
Temos loucos de todas os gêneros e degenerências. Loucos por música, futebol, sexo, computadores, internet, orkut, msn e por ai vai. Louquinhos de 5ª, presos a maniazinhas limitadas, consumistas. Não percamos tempo com eles. Defendamos - e defendamos mesmo - em alto, bom som e, sobretudo, caretas e eloquências, como todo louco que preza sua descendência. Prezemos o "ar blasé" dos loucos de verdade, os maluquetes de estirpe nobre. Aqueles que perambulam pelas ruas ignorando a patuléia ignara que se "acha". Aquela que vive presa à razão de uma existência ligeiramente vaga. Essa última, por incível que apareça, mantém, brega-elegantemente, também um ar de indiferença frente ao mundo que os cerca. Mas, ao contrário da dos loucos, essa indiferença de boutique é revestida de empáfia, orgulho, desprezo, nojo, medo, certeza da salvação eterna, desfarçatez e outras coisitas bem menos publicáveis.
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