Nos chãos onde pisou meu pai
Piso eu, agora,
só
Meu pai foge para a margem do rio
para pilotar jangadas frágeis.
De seu,
o sorriso menino, brincalhão,
os teréns de uma vida inteira,
a gagueira interminável
difícil de dizer "alô"
que não diz: se vai.
Nos chãos onde pisou meu pai
pisei eu, agora,
só
os passos estão lá,
estão aqui onde piso
e pisa meu pai comigo, consigo.
Impulso/1997
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