terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A imargem do rio

Nos chãos onde pisou meu pai
Piso eu, agora,



Meu pai foge para a margem do rio
para pilotar jangadas frágeis.

De seu,
o sorriso menino, brincalhão,
os teréns de uma vida inteira,
a gagueira interminável
difícil de dizer "alô"
que não diz: se vai.

Nos chãos onde pisou meu pai
pisei eu, agora,



os passos estão lá,
estão aqui onde piso
e pisa meu pai comigo, consigo.

Impulso/1997

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