terça-feira, 4 de junho de 2019

Pios de passarinho molhado

Não sei se verei a próxima copa. 2022 prevê o calendário. Algum hecatombe mundial pode inviabiliza-la. Algum mal súbito pode fechar-me os olhos. No fim, tudo é incerto como os lances de um par de bozós!
#2#
Brasileiros, a copa acabou mas o sonho continua em brasa. Voltem a ler o livro, ver o filme, apreciar o poema; mesmo de escritores, cineastas e poetas menores. Voltem! Para isso há tempo, prorrogação e penalidades infinitas. Ainda lembram da página ou a cena em que os abandonastes?
#3#
Havia um sonho. Sonhos são quimeras. Bolhas de sabão que flutuam. Inteiramente frágeis. Naturalmente suscetíveis à tentação das agulhas, aos inesperados serpenteios do vento. Explodem. Depois, restam perguntas: para onde foi? O que farei? … Criem-se novas bolhas!
#4#
Li uma postagem sobre os podres de algumas personalidades que figuram na história humana como santas, revolucionarias, geniais, sensíveis e heróicas. Nada daquilo me surpreende. Foram humanos; essa forma errática em permanente (des) construção.
#5#
Evito paixões políticas. Procuro pautar-me por coerências políticas. Mesmo um antagonista aberto de minhas convicções ideológicas pode passar um governo inteiro sem eu nem reparar nas fuças dele: bastam-me as ações que beneficiem a maioria.
#6#
A Paraíba (ou será todo o país) sofre da síndrome do atraso. Apega-se tanto ao passado que pensa eleger um candidato cuja plataforma de gestão para a cultura é a ressurreição da Festa das Hortênsias. Gostava da festa, mas sinceramente…
#7#
Os jornalistas, sobretudo os que abusam da opinião mostram-se contraditórios em seus princípios. Agem como hienas políticas. Escarneiam os mais frágeis, cercam os poderosos para comerem os restos e só usam cruelmente da opinião quando essa não fere os seus interesses.
#8#
Os cabelos da juventude continuam rebeldes. Mais estilizados, podemos dizer. Só que os cuidados e o design demonstram mais conservadorismo que algum resquício de rebeldia que vá afrontar os costumes ou o sistema. Em verdade o Hair de ontem pode ser traduzido como RÉ. …de retrogrado mesmo, visse.
Por Edson de França – edsondefranca@yahoo.com.br

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