Nunca mais tive coragem de participar de concursos de poesia, ou literários de qualquer ordem. Um misto de indolência e preguiça. Quando recebo a informação de que um novo concurso está abrindo inscrições me empolgo. Por um segundo ou dois. Depois que olho as regras, os procedimentos para se candidatar aos prêmios, desisto. Pelo trabalho e pelos prêmios. Premiação dos concursos é irrisória. A grande maioria serve tão somente prá você acumular no seu currículo, um primeiro, segundo ou terceiro lugares ou uma menção honrosa. Nada contra os concursos, sou até entusiasta deles, mas nao tenho muita disposição em participar. Participei de vários durante a vida. Talvez por escrever mal, nunca tive a chance de abocanhar um primeiro lugar. Para não passar a história como um escrevinhador bissexto que jamais ganhou um prêmio em concursos, fui agraciado com um segundo lugar em um promovido pelo Sesc, do qual nao me lembro o ano, mas mantenho uma plaquinha em latão amarelo para provar. Reproduzo aqui o poema vencedor, tão somente como forma de registrar o feito; pmieiro aqui, depois em algum livro que por ventura venha a lançar.
Carolice
Não casou
emagreceu por livre e expontânea
I
N
F
E
L
I
C
I
D
A
D
E
aos quarenta era uma senhora bruxa
ao natural
sem a graciosidade dos biscuits
que enfeitiçam paredes.
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