sexta-feira, 30 de maio de 2008

Esperando

Paramento-me
Espero a tempestade
Como um copo, um acorde solto,
Sem solução, ou melodia vaga

Há solidão e solidez do segundo impenetrável
Nenhuma carícia, riso, aceno
ou prenúncio favorável

Sob a pele, ainda, um argumento chulo
Como uma fonte pétrea, uma luz mortiça
Que parcamente ilumina...

(De pele, essa couraça de repelir lágrimas)

Choro, enfim, por dentro
Como um rio que transborda, sangra e fere
Essas margens imaculadas.

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