Claro que meus olhos,
viandantes por natureza,
tinham que parar em tuas curvas sinuantes,
mirar tuas formas cheias,
os abismos de tua passagem,
a possível moradia do ser em ti
(e os vértices moldados
por jeans provocantes),
mas,
acho que não buscava teus olhos.
(Impulso/1997)
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Impulso II
Um amor em cada porto
cheiro de novidade, aventuras
Essências inebriantes
das solitárias paixões inverossímeis
transas únicas
marcantes olhares, gulas
adeuses rápidos, sem rascunhos:
até um dia, outra hora
um outro dia, um outro amor
outros sóis, outros solos, pedras
o o tesão faz, refaz caminhos
de desejo, afronta
a pequenez da estática
solidão monogâmica.
(Impulso/1997)
cheiro de novidade, aventuras
Essências inebriantes
das solitárias paixões inverossímeis
transas únicas
marcantes olhares, gulas
adeuses rápidos, sem rascunhos:
até um dia, outra hora
um outro dia, um outro amor
outros sóis, outros solos, pedras
o o tesão faz, refaz caminhos
de desejo, afronta
a pequenez da estática
solidão monogâmica.
(Impulso/1997)
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Impulso
Beijo na boca
do
mundo.
Pela janela do ônibus,
um segundo de muito prazer em conhecer
Sem o medo
do novo a cada parada
O transe, o trânsito,
a pressa.
o passo rápido, a face imóvel,
o olhar atento,
o beijo, a minúcia
do anúncio dentrifício
(no outdoor, todos os dentes mordem o mundo)
(Impulso/ 1997)
do
mundo.
Pela janela do ônibus,
um segundo de muito prazer em conhecer
Sem o medo
do novo a cada parada
O transe, o trânsito,
a pressa.
o passo rápido, a face imóvel,
o olhar atento,
o beijo, a minúcia
do anúncio dentrifício
(no outdoor, todos os dentes mordem o mundo)
(Impulso/ 1997)
Janelas
Hoje nao quero proferir palavra
apenas meu olho esquerdo falará
ele tem pretensão de fechar-se
de abrir janelas
e de projetar filmes.
Nao,
nao quero palavras
nem discursos esquemáticos
aos meus pés de ouvido
deixe-me apenas o piscar de um farol humano
ou um fragmento de imagem
(instantâneos flertes descuidados)
que é tua nudez mais sensata.
(Impulso/1997)
apenas meu olho esquerdo falará
ele tem pretensão de fechar-se
de abrir janelas
e de projetar filmes.
Nao,
nao quero palavras
nem discursos esquemáticos
aos meus pés de ouvido
deixe-me apenas o piscar de um farol humano
ou um fragmento de imagem
(instantâneos flertes descuidados)
que é tua nudez mais sensata.
(Impulso/1997)
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
D'alma da noite
Uma canção sem obrigação
De dizer nada, é só
uma canção
(uma emoção enclausurada)
Até que uma taça de vinho
Trame assim
(combinando acordes, cheiros)
zil promessas de carinho.
De dizer nada, é só
uma canção
(uma emoção enclausurada)
Até que uma taça de vinho
Trame assim
(combinando acordes, cheiros)
zil promessas de carinho.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Prova!
Prova!
Bastam-me os sabores da palavra
A saliva, doce,
Tinta-anis
O embate, o amor
Uma Praga revisitada
Um 68 agridoce
Essa insustentabilidade.
Bastam-me a fixação do olhar
A lágrima, o sal
Grafite-gris
frescor de conquista nova.
Bastam-me os sabores da palavra
A saliva, doce,
Tinta-anis
O embate, o amor
Uma Praga revisitada
Um 68 agridoce
Essa insustentabilidade.
Bastam-me a fixação do olhar
A lágrima, o sal
Grafite-gris
frescor de conquista nova.
Grito
Cercanias do medo
Colapso, estertor
Espasmo, câimbra
Rua, rua escura
Ponte, ponte dos homens
Nenhum passante pra ver a pantomima, o desteatro
O terror, o lancinante imblóglio
Só a solidez da solidão, esse muro
Essa caveira e seus olhos vivos a postos.
Colapso, estertor
Espasmo, câimbra
Rua, rua escura
Ponte, ponte dos homens
Nenhum passante pra ver a pantomima, o desteatro
O terror, o lancinante imblóglio
Só a solidez da solidão, esse muro
Essa caveira e seus olhos vivos a postos.
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