A Volta do Regresso
Ó pátria amada, Ó Brasil do meu Brasil
Minha família e também meus conterrâneos
Eu gosto porque foi aqui onde eu nasci
Terra querida
Meu Brasil aureliano
Nós fumo e viemo
E até que demoremo
Não fiquemo por que se lembremo
Da terra que nós abandonemo
Agora que já voltemo
Vamo abraçar a quem nós desprezemo
E salve, salve: amém da pátria
Meu Brasil
Ó terra amada que nós nunca se esquecemo.
Essa patriótica pagina musical* vai para a minha meia duzia (tenho cá minhas dúvidas se o número deles atinge essa expressiva minoria) de leitores.
* Essa música pode ser ouvida e reouvida nas vozes do esquecido coroné Ludugero e, também, na do afiadíssimo Falcão.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
quinta-feira, 14 de junho de 2007
post scriptum (poema)
Talvez
depois de dois mãrratãs
noviorque fique chata
e eu
prefira estar em Palmas.
depois de dois mãrratãs
noviorque fique chata
e eu
prefira estar em Palmas.
terça-feira, 29 de maio de 2007
Fiquemos com o Borges por hoje:
"Um homem se propõe a tarefa de esboçar o mundo. Ao longo dos anos provoa um espaço com imagens de províncias, de reinos, de montanhas, de baías, de naves, de ilhas, de peixes, de habitações, de instrumentos, de astros, de cavalos e de pessoas. Pouco antes de morrer, descobre que esse paciente labirinto de linhas traça a imagem de seu rosto". Jorge Luis Borges, in O Fazedor, 1984, p. 102
"Um homem se propõe a tarefa de esboçar o mundo. Ao longo dos anos provoa um espaço com imagens de províncias, de reinos, de montanhas, de baías, de naves, de ilhas, de peixes, de habitações, de instrumentos, de astros, de cavalos e de pessoas. Pouco antes de morrer, descobre que esse paciente labirinto de linhas traça a imagem de seu rosto". Jorge Luis Borges, in O Fazedor, 1984, p. 102
sábado, 19 de maio de 2007
Solidão de bares (poema)
Esculturas acidentais de gelo
cópula, líquido
onde a mão humana não ousa,
nem de língua...
corpo que tomba, copos dançantes,
visão que turva,
e as gargantas enregelando.
cópula, líquido
onde a mão humana não ousa,
nem de língua...
corpo que tomba, copos dançantes,
visão que turva,
e as gargantas enregelando.
Legado (poema)
O brasão da família é a pele
marcada pelos ferros em brasa,
pelos castigos e pelo sol
tatuagens da destribalização.
marcada pelos ferros em brasa,
pelos castigos e pelo sol
tatuagens da destribalização.
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Uma dança (poema)
Eis o fogo morto, morno
De um tempo outro,
um ainda ontem,
um outrem
desenhado a mão e pés,
passadas
esculturimagens.
O manuseio de instantes, intenções
Régua, compasso
Rédeas curtas da palavra,
Economia de atos
Passos contidos de dança pagã,
contenção
medos no respirar.
Sim, restava o salão, o palavrear,
outros pares,
orquestra urbana,
as excrecências comezinhas.
Permanecia vivo o êmbolo,
A vertigem,
as poções do inexprimível
régios pingos do indelével.
Notas baças,
o peso do ar.
E ainda a presença
o olhar, o olhar.
De um tempo outro,
um ainda ontem,
um outrem
desenhado a mão e pés,
passadas
esculturimagens.
O manuseio de instantes, intenções
Régua, compasso
Rédeas curtas da palavra,
Economia de atos
Passos contidos de dança pagã,
contenção
medos no respirar.
Sim, restava o salão, o palavrear,
outros pares,
orquestra urbana,
as excrecências comezinhas.
Permanecia vivo o êmbolo,
A vertigem,
as poções do inexprimível
régios pingos do indelével.
Notas baças,
o peso do ar.
E ainda a presença
o olhar, o olhar.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Prá não dizer que nao falei do Bento...
O Bento está na área. Chegou ontem. Seja bem vindo, sua Santidade. (O Santidade é utilizado aqui como simples ato de retórica e atendimento as normas de utilização dos pronomes de tratamento, nada mais). Não vamos discutir aqui (nem agora) os senões que seu histórico pessoal congrega, nem a história semi-secreta dos bastidores pecaminosos da instituição papal e eclesiástica. Coisas que a História, se ainda lhe restar coragem e ainda que tardiamente, há de escarafunchar um dia. Não custa nada contudo, por hora, especularmos sobre os objetivos algo inconfessos de sua presença por essas bandas selvagens, de sem almas, miscigenados, lascivos e miseráveis. Fatos que não são levados as praças, nem chegam a opinião pública pelas vias, digamos, midiáticas, a arena de discussão pós-moderna. A TV, a seu modo, trabalhou intensa e interpretativamente o fato, porém, após uma série de injeções programadas sobre algumas futilidades dos preparativos (enxovais, decoração de aposentos etc.) para a chegada do homem, ela mais fez o papel de arauto na conquista de almas e reforço no resgate da debilitada fé dos já descrentes que qualquer outra coisa. Enquanto as ações dos Papas, como chefes políticos, tem uma virulência impressionante nos destinos de povos e nações, seus seguidores são convocados a esperar um amanhã que há de cair do céu. Cada vez mais improvável.
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