segunda-feira, 2 de abril de 2007
Cronistas de palavra e traço
Junte capacidade de análise, humor, crítica, posicionamento frente às questões políticas sociais e terás nas mãos um cronista das palavras. O Brasil já teve grandes representantes dessa raça. A benção Machado de Assis, Stanislaw Ponte Preta, Rubem Braga e Paulo Mendes Campos. A benção a todos aqueles cuja leitura causou-me verdadeiros deleites e aprendizados. A benção F. Pereira Nóbrega, Nathanael Alves e Gonzaga Rodrigues. A benção aos conterrâneos contemporâneos militantes, cultores e defensores dessa prática. Se as capacidades supracitadas, no entanto, forem acrescidas de um toque artístico, debochado no traço e na verve, terás, então, um cronista um pouco diferente, ou melhor, um cartunista. Esse analista do cotidiano não se esconde atrás de palavras, de relativismos ou subterfúgios verbais, como nos permite a palavra; sua ação é direta e, na maioria das vezes, corrosiva. Também não somos desprovidos de espécimes dessa fauna. A benção Aparício Torelli, o Barão de Itararé, A benção Millor Fernandes, a benção Regis Soares. A benção, então, a todos aqueles que conseguem traçar essa união de talentos para a felicidade geral da “nação” da galhofa e da crítica.
(Dicas II) www.pointsul.com.
Esse cronista que vos fala colabora, juntamente com o jornalista Vicente Campos, com o site http://www.pointsul.com/. O site é um empreendimento do jovem Lidiano Germano, no intento de fazer uma espécie de jornalismo comunitário no bairro dos Bancários e adjacências, zona sul da capital paraibana. Merece uma força!
(Dicas) www.ancomarcio.com
Um site para quem gosta de crônicas? Simplesmente, http://www.ancomarcio.com/ . Dê uma passadinha lá. Creio que não vai se arrepender. Além do bom texto, garantido pelo nível dos colunistas, você ainda ficará por dentro de algumas notícias diárias, comentários e análises sobre fatos do cotidiano. Também, alguns petardinhos críticos sobre os profissionais e a produção televisiva e radiofônica da terrinha e do país. O site é atualizado diariamente, o que garante sempre novidades. Além, claro, do humor mordaz que sempre foi o cartão de visitas de Anco.
domingo, 1 de abril de 2007
Pablo, o entrevistador
O ditado “cavalo dado não se olha os dentes” pode, a partir desse sábado à noite, ter adquirido outro sentido. E eu espero que a inteligência do povo o capte e o popularize. Reparem, caros telespectadores, na dentadura cavalar do seu mais novo candidato a repórter-celebridade. Não pela dentadura em si – temos dentuços maravilhosos circulando por aí -, mas pelo que a criatura pode representar em termos de futilidade televisiva, amadorismo e medianidade mental. A “biba oxi-chapinhada”, em sua estréia, troca, no melhor sentido da palavra, figurinhas com a entrevistada - a recém citada Narcisa Tamborindégui -, cada qual querendo vender seu peixe, aparecer, fazer figura, brilhar, enfim coisas de que o alpinismo sócio-televisivo nutre suas carnes. Nojeira! Uma entrevista entrecortada, que sugere por um lado, erros terríveis dos dois envolvidos e gafes mútuas e, por outro, um processo de edição gigantesco. Entrevistem os hercúleos editores dessa preciosidade, por favor! Talvez mais interessante, para a salvaguarda da inteligência nacional, é que fosse ao ar o making off, só para a pobreza rir e descobrir com quantos quilos de maquiagem e glacê se produz celebridades de papel. Daí, talvez, a Tv cumprisse um papel social inestimável.
O ditado “cavalo dado não se olha os dentes” pode, a partir desse sábado à noite, ter adquirido outro sentido. E eu espero que a inteligência do povo o capte e o popularize. Reparem, caros telespectadores, na dentadura cavalar do seu mais novo candidato a repórter-celebridade. Não pela dentadura em si – temos dentuços maravilhosos circulando por aí -, mas pelo que a criatura pode representar em termos de futilidade televisiva, amadorismo e medianidade mental. A “biba oxi-chapinhada”, em sua estréia, troca, no melhor sentido da palavra, figurinhas com a entrevistada - a recém citada Narcisa Tamborindégui -, cada qual querendo vender seu peixe, aparecer, fazer figura, brilhar, enfim coisas de que o alpinismo sócio-televisivo nutre suas carnes. Nojeira! Uma entrevista entrecortada, que sugere por um lado, erros terríveis dos dois envolvidos e gafes mútuas e, por outro, um processo de edição gigantesco. Entrevistem os hercúleos editores dessa preciosidade, por favor! Talvez mais interessante, para a salvaguarda da inteligência nacional, é que fosse ao ar o making off, só para a pobreza rir e descobrir com quantos quilos de maquiagem e glacê se produz celebridades de papel. Daí, talvez, a Tv cumprisse um papel social inestimável.
Peruagem
Narcisa Tamboridégui faz jus ao nome que carrega. Prá ela tudo que não é espelho é terrivelmente feio, pobre. Narcisa é a mostra três por quatro, lambe-lambe, sem retoques, da decadência. E não é uma decandence avec elegance que nos dizia o Big Wolf, por que até a elegância no vestir e no falar da criatura são questionáveis. Não importa que ela more a beira mar, vizinho ao Copacabana Palace e soletre, - como todo papagaio de pirata que se preze - que é amiga íntima das celebridades da hora. Se o Copa representa, hoje, sinal de um tempo perdido, de um glamour improdutivo e sanguessuga, Narcisa encarna o pior desse passado inútil e um presente de reminiscências e torpor. Narcisa parece sempre chapada, como um comentário ridículo na ponta da língua, uma futilidade qualquer para expor, uma brincadeirinha de mau gosto – jogar ovos pela janela do apartamento, por exemplo – para contar e um sorriso doentio. Uma alegria “fake”. Ou seja, tudo aquilo que a população brasileira não precisa nesse momento. Peruagem, meus amigos, fora!
Narcisa Tamboridégui faz jus ao nome que carrega. Prá ela tudo que não é espelho é terrivelmente feio, pobre. Narcisa é a mostra três por quatro, lambe-lambe, sem retoques, da decadência. E não é uma decandence avec elegance que nos dizia o Big Wolf, por que até a elegância no vestir e no falar da criatura são questionáveis. Não importa que ela more a beira mar, vizinho ao Copacabana Palace e soletre, - como todo papagaio de pirata que se preze - que é amiga íntima das celebridades da hora. Se o Copa representa, hoje, sinal de um tempo perdido, de um glamour improdutivo e sanguessuga, Narcisa encarna o pior desse passado inútil e um presente de reminiscências e torpor. Narcisa parece sempre chapada, como um comentário ridículo na ponta da língua, uma futilidade qualquer para expor, uma brincadeirinha de mau gosto – jogar ovos pela janela do apartamento, por exemplo – para contar e um sorriso doentio. Uma alegria “fake”. Ou seja, tudo aquilo que a população brasileira não precisa nesse momento. Peruagem, meus amigos, fora!
Viva a Noite II
Noutro vacilo do meu controle remoto, esbarro em três criaturas bizarras, sendo atração do programa. A TV do Baú sempre prezou por esses expedientes. Narcisa Tamboridégui sendo entrevistada por um tal Pablo, num papo fútil e desinteressante. Besterira - prá nao usar outra palavra num blog que se preza - pura! Mas o programa reserva mais: o punk de vitrine, filhinho de papai e mamãe e quarentão mais adolescente do Brasil, Supla, sendo entrevistador. É dose, né não?
Noutro vacilo do meu controle remoto, esbarro em três criaturas bizarras, sendo atração do programa. A TV do Baú sempre prezou por esses expedientes. Narcisa Tamboridégui sendo entrevistada por um tal Pablo, num papo fútil e desinteressante. Besterira - prá nao usar outra palavra num blog que se preza - pura! Mas o programa reserva mais: o punk de vitrine, filhinho de papai e mamãe e quarentão mais adolescente do Brasil, Supla, sendo entrevistador. É dose, né não?
Viva a noite
Reestreou o programa Viva a Noite, atração do Sistema Brasileiro de Televisão comandada por Gugu Liberato durante anos. Desta vez, ele vai ao ar comandado pela cantora baiana, Gil. Não perdi meu tempo assistindo ao programa, mas como sou um zapeador contumaz, um surfista das ondas televisivas, passei por lá e em segundos pude notar que algumas coisinhas permanecem iguais. O pintinho amarelinho que encheu nossa paciência por anos a fio está vivo. Popularizado pelo antigo titular do programa e sua musiquinha irritante, o pintaroco ainda está lá, todo prosa. Na Tv brasileira é sempre assim. Melhor seria, a nós telespectadores, cantarmos como a cantiga da perua é de pió a pior. A inteligência e a criatividade da TV brasileira nos assombram.
Reestreou o programa Viva a Noite, atração do Sistema Brasileiro de Televisão comandada por Gugu Liberato durante anos. Desta vez, ele vai ao ar comandado pela cantora baiana, Gil. Não perdi meu tempo assistindo ao programa, mas como sou um zapeador contumaz, um surfista das ondas televisivas, passei por lá e em segundos pude notar que algumas coisinhas permanecem iguais. O pintinho amarelinho que encheu nossa paciência por anos a fio está vivo. Popularizado pelo antigo titular do programa e sua musiquinha irritante, o pintaroco ainda está lá, todo prosa. Na Tv brasileira é sempre assim. Melhor seria, a nós telespectadores, cantarmos como a cantiga da perua é de pió a pior. A inteligência e a criatividade da TV brasileira nos assombram.
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